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12/11/2013 18:48

EXERCÍCIO FUNCIONAL- NA MÍDIA

 Faz sentido só andar de elevador, escada rolante, carro, usar cadeira de rodinha e depois ir à academia? 

Veja como o personal trainer Roberto Losada Pratti  e diretor do Jornal Atividade Física-o jornal da vida saudável,aproveita o tempo e $ dele para se exercitar. Clique nas fotos abaixo para conferir.
 
 
 
  Jornal O Globo-19/02/14 - 6h0
 
Nascido para correr
 
Sem medo dos carros, o professor de Matemática Roberto Losada, de 58 anos, percorreu mais de 60 mil quilômetros pelas ruas de São Paulo
 

SÃO PAULO - A lista das mais completas traduções de São Paulo, inaugurada por Rita Lee em 1978 na antológica “Sampa”, de Caetano Veloso, e mil vezes ampliada desde então, está claramente ganhando mais um personagem. Trata-se de um professor de Matemática. Um professor que já deu a volta ao mundo pelo menos três vezes de um jeito bastante incomum para a maioria dos mortais: correndo.

Roberto Losada Pratti, 58 anos, o Professor Losada, diz que não sabe (e não consegue) mais andar. Dos 120 mil quilômetros que calcula já ter corrido na vida desde o fim dos anos 70, pelo menos 60 mil, garante, foram pelas ruas congestionadas de São Paulo. E haveria tradução mais completa da São Paulo de hoje em dia que um professor, de terno e gravata, indo trabalhar correndo entre carros parados num engarrafamento?

Personagem já familiar na paisagem da maioria dos sempre carregados corredores de tráfego da capital paulista, Losada é o contraponto do maior desafio de quem administra e (principalmente) de quem mora nas grandes cidades do país: a tal da mobilidade urbana, nome novo do direito de ir e vir nas metrópoles. Ele dispensa carro, ônibus, trem, metrô, VLT, canais exclusivos de tráfego, bicicleta e até mesmo o par de tênis.

- Claro, corro com eles. Mas costumo correr de sapatos também, sem problemas.

Não se encabula nem um pouco quando o chamam de maluco de pedra.

- Sou, mas, mais do que eu, loucos são os paulistanos que perdem horas e horas no trânsito, tentando andar de carro pela cidade. Estamos perto do dia em que não será possível nem sair da garagem - diz ele, que tem carro usado raramente para viajar ao interior com a família, quase sempre para participar de alguma corrida.

Para o interior, aliás, ele costuma ir correndo. Já foi a Aparecida (170 quilômetros) algumas vezes e a várias cidades no raio de 100 quilômetros da capital, muitas vezes.

- No Pan de 2007, me convidaram para participar da corrida da tocha entre São Paulo e Campinas (100 quilômetros). Topei, desde que todo o trajeto fosse realmente de corrida e não apenas algum trecho.

Losada vive no Ipiranga, bem perto do museu. Lá, nasceu e cresceu às margens de um córrego afluente do riacho histórico, ambos engolidos pelo progresso.

- Isso aqui mais parecia uma cidade de interior, com quintais, hortas, pomares, passarinhos, um paraíso. Estudei o primário aqui bem perto, dava para ouvir o sinal da escola chamando para as aulas. Nunca pensei em me mudar. Nasci aqui em 1955, mas meus avós chegaram ao Ipiranga em 1905, apenas uns 80 anos depois do célebre grito.

Na juventude, em vez de acompanhar os amigos nos bailes da Jovem Guarda, gastava energia e curiosidade com números. Foi fazer Matemática na USP, em 1975. E lá, em meio às muitas modalidades esportivas disponíveis, descobriu que era um corredor. Nunca fez a conta certa, só imagina.

- Acho que corro há uns 30, 35 anos. Imagino que neste tempo deva ter percorrido 120 mil quilômetros, bem mais que o Forrest Gump, que só atravessou o mapa dos Estados Unidos. Eu já dei pelo menos três voltas na Terra, pela linha do Equador. Metade dessa quilometragem eu fiz aqui mesmo, pelas ruas dessa cidade que amo. Difícil falar um bairro que eu não conheço.

Casado, pai de um casal - a mulher não corre, mas os filhos, sim -, Losada leciona Matemática em duas faculdades paulistanas, uma no Centro e outra no Tucuruvi, ambas alcançáveis a hora e meia de corrida. Quando no quadro de horário de aulas surge a chamada hora vaga, não perde tempo: sobe e desce, correndo, as escadarias.

- Nunca fiquei doente - conta com orgulho. - Aliás, fiquei duas vezes. Numa, peguei uma gripe que me rendeu uma febre alta durante a noite. E noutra, arranjei uma tosse que não parava. Sabe como curei as duas? Correndo.

Os olhos marejam quando ele lembra a morte do pai e da mãe.

- Depois do sepultamento, a gente olha em volta e dá um vazio sem limites. Sabe como consegui parar de chorar? Voltei correndo pra casa. Mas tem o lado alegre: festejei o nascimento dos meus filhos correndo.

O inventor da ‘runyoga’

É difícil, em qualquer conversa com Roberto Losada Pratti, conjugar outro verbo que não seja correr. Assim como não é tarefa fácil entender o parentesco que ele vê entre a Matemática e a corrida. No ano passado, Jô Soares, numa entrevista (em seu programa) que começou numa esteira de corrida, esperava, como todo mundo, ouvir do Professor Losada uma daquelas fórmulas cheia de números, sinais e símbolos. Losada deu uma de filósofo. Segundo ele, Matemática e corrida são movimentos. Com a primeira você movimenta a mente, estimula o raciocínio. A segunda é um movimento natural que proporciona saúde. A matemática deve se alicerçar na estrutura mental do indivíduo e a segunda, na estrutura física. Quando você pratica as duas a partir das suas condições normais, ou seja, sem forçar, ambas são prazerosas. Matemática não tem nada a ver com decorar fórmulas e números. E correr não é sofrer nem chegar na frente. Dentro dessas premissas, Losada inventou a runyoga, explicada em seu site, mesmo nome, aliás, de um jornal mensal que ele escreve e edita com a filha Ariane desde 1996.

Runyoga, diz ele, é uma corrida prazerosa cujo resultado é o equilíbrio físico, mental e social. Não é competir, é correr por prazer.

- A runyoga só existe quando há harmonia individual, se você estiver sozinho, e coletiva, quando você corre em grupo. Nunca corri para chegar na frente. Não devemos nunca esquecer que correr dá qualidade à vida. Quem diz isso é a OMS (Organização Mundial da Saúde), e não eu.

Vale registrar: Losada não faz qualquer dieta. Come de tudo, de feijoada a saladas. E não bebe.

- O próprio organismo de quem corre rejeita as bebidas alcoólicas.

Losada diz que cada pessoa tem um jeito de correr. Quando você descobre a sua passada certa, não vai se cansar, não vai gastar tênis (ele diz gastar no máximo dois pares por ano), não vai sequer... suar.

- Chego correndo pra dar aula, de terno e nenhum suor no corpo. Devo viver lotado de endorfina. Já quiseram fazer pesquisa científica comigo, mas não topei. Um dia poderei até ver se o hábito de correr no meio da poluição e dos carros produziu algum estrago nos meus pulmões. Mas não sinto nada neles - afirma.

Cada pessoa tem também um jeito de aprender Matemática. Por causa disso, ele inventou o Instituto Popular de Matemática e Esportes e confessa que ainda não sabe direito como tornar realidade o que pretende com a iniciativa. Mas o objetivo do instituto é tirar o sofrimento da vida de quem precisa estudar Matemática e de quem gosta de correr.

- Com a ajuda de um amigo (Ruggero Bernardo Guidugli), que é médico e corredor, quero unir os benefícios do esporte ao aprendizado. O exercício é fonte de endorfinas, responsáveis pelo bom humor, e isso ajuda muito na aprendizagem. Além disso, com a prática de exercícios há um aumento do fluxo sanguíneo para uma área do cérebro, o hipocampo, que está relacionada com concentração, raciocínio e memória e, portanto, com o aprendizado.



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