outubro 2014

MATÉRIAS DE OUTUBRO DE 2014 DO JORNAL ATIVIDADE FÍSICA, NÚMERO 180

1 - Atividade física e vitalidade na terceira idade

Ariane Losada Pratti - Redatora do jornal Atividade Física

Há poucas décadas, quem tinha 50 anos era considerado senhor e a própria pessoa se enxergava velha. Sexagenário, septuagenário e octogenário eram extrapolações etárias.

Quem tinha mais de 40 anos encontrava dificuldades em conseguir emprego, pois era considerado velho.

Era possível aposentar com pouco mais de 40 anos. Havia quem considerasse aposentaria como o fim da vida. Com maior expectativa de vida a idade para aposentar também aumentou, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Vários protestos aconteceram, inclusive na Europa, com relação ao aumento da idade para aposentar.

Os tempos mudaram.

A legislação procurou se adaptar a essa mudança e o Estatuto do Idoso fixou a idade de 60 anos para considerar uma pessoa idosa e assegurar seus direitos, como se fossem indefesas.

O logotipo utilizado para o idoso representado por uma pessoa arqueada e debilitada gera protestos de pessoas com mais de 60 anos, porque têm vitalidade e não se sentem representadas por aquela figura.

O Estatuto do Idoso parece ter subestimado a idade e nonagenários e centenários tornaram sexagenários jovens. 40 anos é o a diferença de um centenário para um sexagenário.

Vitalidade não falta para os jovens estatutários.

A terceira idade esbanja vigor físico diariamente nos parques, academias, balneários, praias, escolas de dança, clubes, etc.

O turismo nacional e internacional tem nos “idosos” grande clientela.

Os “idosos” têm performances melhores do que jovens em corridas de rua, inclusive ultramaratonas.

Presença carismática nas corridas, Pereira contagia com sua alegria.

Mario Soares, além das medalhas de corrida, ostenta com orgulho o título de Míster CRI - 2014 - IPGG,“O mais belo idoso de São Paulo”.

 

2 - Estatuto do Idoso e saúde: 11 anos da Lei 10.741

Prof. Roberto Losada Pratti – Diretor do jornal Atividade Física

O Estatuto do Idoso, Lei número 10.741 de 01 de outubro de 2003, completou 11 anos.

Consta no artigo 2° que “o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”.

No artigo 8° é citado que “o envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente”.

O envelhecimento é inexorável. O homem, ao longo do envelhecimento, não deveria ficar doente, mas ter apenas uma perda progressiva de função de seus órgãos.

A epidemia de doenças crônicas não transmissíveis do mundo moderno que atinge principalmente o idoso - como arteriosclerose, artrose, cardiopatias, neoplasias, diabetes, Mal de Alzheimer, Parkinson - levou a Comunidade Científica a pesquisar os fatores de risco.

A conclusão é unânime. A vida ativa, a prática da atividade física, alimentação saudável e afastamento do tabaco e alcoolismo são importantes para a compressão da morbidade e para proporcionar saúde e qualidade de vida, abrangendo, assim, o estabelecido nos artigos 2° e 8° do Estatuto do Idoso.

No artigo 20 é expresso que “o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade”.

Um avanço do Estatuto do Idoso é o engajamento de todos, indicando responsabilidades dos conjuntos sociais no “Art. 3° É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.

Têm sido tomadas medidas para privilegiar o idoso, como transporte gratuito e assento preferencial. Louvável, correto, mas o desenho estereotipado de idoso é uma figura encurvada com bengala. O transporte é gratuito porque é idoso, mesmo tendo condições financeiras. Parece estar implícito nas “vantagens” que idoso não tem condições de se movimentar e não deve se movimentar.

Há gastos com vacinação gratuita do idoso contra a gripe, remédios gratuitos. Louvável, correto, mas se combate o efeito e não se combate a causa, e não há a prevenção indicada pela Comunidade Científica.

Reza no artigo 9° da Lei que “é obrigação do Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade”.

A terceira idade é um período em que se torna mais necessário fugir do sedentarismo, praticar atividade física, alimentação rica em frutas e verduras e abandono de hábitos não saudáveis, como o tabagismo que é considerado o maior causador de doenças evitáveis de toda a história da humanidade.

Para o cumprimento do Estatuto do Idoso com relação à saúde é necessário que haja políticas públicas que incentivem e proporcionem a vida ativa e hábitos saudáveis.

 

 

3 - Corpore

Dr. David Cytrynowicz – Presidente da Corpore

Dr. Amadeu Armentanto – Presidente do Conselho Deliberativo da Corpore

 

Prezado(a) corredor(a),

Dia 10/08/2014, 19ª Centro Histórico, uma de nossas provas mais tradicionais, sem que pudéssemos supor, ficaria tristemente marcada como a última corrida oficial do atleta, analista de sistemas e nosso amigo, Alvaro Teno.

Seu número 104, na faixa etária M6569, pela equipe Scorp/Paineiras  do Morumby, com o tempo oficial de0:40:40.00 e tempo líquido de 0:40:38.00.

Seis dias depois, 16/08/2014, treinando com outros quatro companheiros na USP, transformou-se em mais uma vítima fatal, pela irresponsa-bilidade de outro (entre tantos e impunes) motorista alcoolizado.

A família perde o membro querido, retirado do seu seio de maneira a-brupta, irrecorrível, covarde.

Amigos de todas as vertentes, idem.

Resta o pasmo, a dor da saudade, o vazio.

Atitudes reconhecidamente apropriadas foram tomadas, como a Corrida Black Run, dia 23/08/2014, na mesma USP.

Artigos para serem lidos ou falados, com todos os gravames possíve-is, foram editados.

A indignação de sempre, as reações de repulsa de sempre, só espero sinceramente que não haja o esquecimento de sempre, só servindo o trágico fato para daqui algum tempo engrossar nefastas estatísticas.

Estamos de luto, não sei por quanto tempo, nós da corrida, conseguiremos tirá-lo.

Alvaro Teno na Corrida Duque de Caxias - Foto: Minoru Fujita - www.cameraurbana.com.br

Abraços

Armentano

 

4 - Mega-trials confirmam benefícios da atividade, com cuidados

Dr. Ruggero Bernardo Guidugli – consultor de medicina e saúde

Recentemente, várias universidades de todo o mundo têm realizado estudos para avaliar a prática de atividade física como forma de terapia para várias disfunções orgânicas. Surgiram inúmeras publicações científicas e todos os artigos concluíram por resultados positivos dessa prática na melhora de várias doenças.

Palestras de cardiologistas chegaram a afirmar que a atividade física moderada seria benéfica até para a própria insuficiência cardíaca.

Atualmente a medicina de maior valor é a medicina baseada em evidências. É bastante cética a avaliação somente através de metanálises. Todas as publicações científicas dão grande valor às pesquisas que envolvem grande número de indivíduos (“mega-trials” – pesquisas de primeira linha) cujas análises estatísticas são irrefutáveis.

Todos nós acreditamos plenamente que a atividade física seja benéfica para a saúde e este conceito vem intuitivamente desde a antiguidade.

Entretanto, para muitas situações como para insuficiências graves de órgãos, para que seja exercida deve ser moderada e bem acompanhada.

Apesar dos bons resultados publicados, nunca é demais instruir-se e cercar-se de todos os cuidados necessários para a prática da atividade física.

 

5 - Atividade física é pregada desde a antiguidade

Dr. Ruggero Bernardo Guidugli – consultor de medicina e saúde

   Platão, filósofo grego (427 a.C. – 347 a.C.) pregava em suas lições: “A falta de atividade destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto que o movimento e o exercício físico metódico o salva e o preserva”.

Maimonides declarou: “Viva sensatamente – entre mil pessoas apenas uma morre de causas naturais, o resto sucumbe a modos irracionais de viver”.

Os pensadores antigos, portanto, já sabiam que a vida sedentária, a alimentação copiosa e o abuso de bebidas alcoólicas eram prejudiciais à saúde. No século XXI a ciência comprovou estas verdades.

A vida sedentária, a falta de movimentação de músculos, a obesidade e o sobrepeso, a alimentação inadequada repleta de gorduras e proteínas animais e sem fibras, o estresse, o abuso do álcool e tabaco e a poluição ambiental são todos fatores de risco, particularmente da vida urbana moderna, que estão conduzindo para uma epidemia de doenças crônicas não transmissíveis e uma péssima qualidade de vida.

As facilidades obtidas com a modernidade, como a mecanização, nos proporciona menor trabalho muscular com prejuízo para a saúde.

Sempre se soube que o movimento, e não o repouso, é o maior inimigo das doenças.

Isto motiva para frequentar academias, correr, pedalar nos fins de semana e praticar várias modalidades esportivas.

Entretanto, nos deparamos com a falta de incentivo, de empenho das autoridades e de espaços públicos para práticas saudáveis.

Faltam, portanto, políticas públicas de incentivo à medicina preventiva, ao esporte amador e campanhas esclarecedoras sobre as inconveniências da inatividade e das facilidades da vida moderna, como o automóvel.

Se não houver mudanças evoluiremos para uma epidemia de obesidade, de doenças crônicas e neoplásicas, doenças essas que podem ser prevenidas pelo simples bom senso e sem custo algum.

 

6 - Correr correr, cuidar cuidar

Amigos da corrida,

Meu artigo é simples e direto, mas antes quero deixar claro que não procuro com estas palavras influenciar nenhum conceito ou procedimento, mas sim compartilhar uma sugestão com todos vocês.

Semana passada retornava para casa após mais um dia de trabalho, tranquilamente vinha ouvindo no caótico trânsito de SP uma conceituada estação de rádio FM que apresentava um programa muito bacana, no qual os ouvintes faziam perguntas ao vivo para um médico especializado em Medicina Esportiva. Tudo a ver com nossa vida, não é?

Foi quando então um ouvinte fez a seguinte pergunta ao prezado doutor:

 “Doutor, tenho 27 anos de idade, treino cinco dias por semana, pedalo 300 km em 3 dias e corro outros dois dias. Por ser jovem e treinar 5 vezes por semana  meu médico diz que só preciso fazer um exame de sangue uma vez por ano, nada mais, é isso mesmo?”.

 O doutor meio que assustado e sem jeito respondeu após leve pausa: “Amigo, se foi isso mesmo que entendi, que me perdoe o colega de profissão”.

 O ouvinte indagou: “Por que, doutor, o que está errado, treino tanto, sou saudável”.

 O doutor veio à carga: “Amigo, parabéns que você treina tanto, devo concluir que está bem e em forma, mas eu, como médico esportivo e ex-socorrista de provas de rua, já atendi inúmeros jovens enfartando em ambiente de prova. Isso mesmo, durante as provas.  

Você sabia que o excesso de exercício também causa danos ao coração?  Você sabe me dizer a quanto chega sua frequência cardíaca no seu esforço máximo? Ela está em uma faixa segura para sua idade? O amigo sabe me dizer a quanto chega sua pressão arterial no esforço máximo ou no contínuo?

Estes são parâmetros mínimos de segurança até mesmo indicados para quem quer somente começar a andar”.

 O ouvinte assustado responde: “Doutor, nunca fiz aquele exame que vê tudo isso, estou correndo risco?”.

 O médico completa: “Amigo, claro que sua idade ajuda, mas te dou um conselho: conheça seus limites e vá muito mais longe, até mesmo porque orientação correta feita por um profissional, além de segura, melhora muito seu rendimento e seu treino”.

Pois bem, amigos, o diálogo é autoexplicativo. Assim, encerro aqui minha coluna dizendo que quero estar sempre perto de vocês e treinando cada vez mais com segurança e alegria.

Uma vez por ano um “check up zinho” não faz mal a ninguém.

Bons treinos e seja feliz.   

 

7 - O atletismo paulista passado a limpo

Mauro Roberto Chekin – Presidente licenciado da FPA

No dia 23 de julho de 2014, a FPA realizou, na sede localizada à Rua Manoel da Nobrega, número 800, o seu I Fórum Técnico, reunindo perto de 60 pessoas, entre treinadores, representantes de clubes, árbitros, além de diretores e funcionários da entidade.

O objetivo do evento, sem precedentes na história da federação, foi o de eliminar ruídos de comunicação entre os mais diversos segmentos que compõem o atletismo bandeirante, além de buscar otimizar procedimentos.

O primeiro a falar no Fórum foi o presidente licenciado da organização, Mauro Roberto Chekin.

Denominado o evento como “Passando a FPA a Limpo”, Chekin expôs aos participantes todos os números que cercam o Calendário de Atividades de Pista e Campo do atletismo paulista, considerado o maior e mais abrangente do País.

“A atual administração começou seu trabalho em 30 de outubro de 2012. Nesse período, conseguiu diminuir o percentual de inadimplência dos clubes filiados de 51% para 39%. Por ano, a entidade, realiza 30 competições de um dia e 12 de dois dias, procurando contemplar todas as provas e categorias da modalidade”, afirmou Chekin.

Para o administrador, toda essa gama de realizações seria impossível de ser efetivada só com a renda obtida pelas mensalidades dos clubes e, também, pela soma das taxas de inscrição de cada atleta (R$ 8,00).

“O que nos permite fazer tantos eventos é a parceria com a Secretaria de Esportes do Governo do Estado de São Paulo, sem a qual o Calendário estaria totalmente comprometido”, alertou Mauro Chekin.

“Por sua complexidade”, continuou o dirigente, o custo de um dia de competições custa cerca de R$ 16.500,00, envolvendo preços relacionados a pagamento de árbitros e de toda a logística a ser observada para que tudo corra bem e as marcas alcançadas possam ser devidamente homologadas junto à CBAt”.

O orçamento de pista e campo é próprio. Segundo Chekin, nada tem a ver com a verba utilizada em outras frentes, como Corridas de Rua, Jogos Escolares e Centro de Excelência Esportiva etc.

Encontrar fórmulas para que a FPA tenha a seu favor verbas de diferentes fontes, além da do Estado, foram discutidas pelos presentes. Mas todos consideraram, como empecilho, a ainda pouca visibilidade do atletismo na mídia, fato constrangedor para a viabilização de patrocínios e parcerias junto aos setores privados.

A atual Administração da FPA foi a responsável pela criação de dois comitês destinados a aprimorar ações visando o fortalecimento do atletismo de São Paulo: o Técnico e o de Arbitragem.

Representantes de ambos os comitês falaram sobre suas atuações e necessidades.

Da exposição – e também levando-se em consideração os apartes dos presentes – pode-se destacar alguns dos principais anseios da família do atletismo de São Paulo:

- Modernização do parque de informática possibilitando informação em tempo real entre todos os atores da modalidade;

- Necessidade de se aprimorar ainda mais o Calendário de Atividades (que pode ser atendida, em boa parte, com a presença de todos os interessados em reuniões sobre o assunto);

- Importância de se dar um tratamento semelhante ao da CBAt às competições de São Paulo, aprimorando logística e deixando o produto atletismo mais desejável (marcador eletrônico, régua, placar e marcador de distância);

- Pensar em provas cuja frequência, no Calendário, é reduzida, como marcha atlética e corridas de fundo, entre outras.

- Maior rapidez na divulgação dos resultados de provas no site da FPA;

- Necessidade de interiorizar o atletismo, desde que as pistas disponíveis sejam qualificadas;

- Modernização do sistema de inscrições, pois confirmação na hora da prova é complicada e gera discórdias;

- Clubes precisam melhor se organizar e mandar a inscrição de seus atletas em tempo hábil;

- Realização de cursos e promoção de nível para o corpo de arbitragem.

Magalhães Padilha

A continuidade e o aperfeiçoamento do Troféu Magalhães Padilha, que reúne atletas de alto nível para efeito de espaço na mídia, foi assentida pelo público do I Fórum. Destacou-se, contudo, a necessidade de um diretor geral para tal competição.

Os comitês técnico e de arbitragem ficaram de mandar suas sugestões construtivas para o melhor andamento das competições.

Ranking paulista

A necessidade e urgência do estabelecimento de um ranking paulista para determinar participações em torneios de ponta foi defendida por todos, em especial pelo presidente licenciado, Mauro Chekin, que afirmou ter sido uma de suas primeiras preocupações quando assumiu a direção da FPA.

A formatação de tal ranking já está em andamento. Para tanto, a FPA conta com a colaboração de todos os agentes de clubes a ela filiados.

Ao final, dois dos mais antigos treinadores do atletismo paulista e brasileiro, José Antonio Rabaça e Waldemar Montezano, afirmaram o acerto da FPA para com a realização do Fórum.

“Em mais de 50 anos no atletismo, jamais tive a oportunidade de ver o que estou vendo agora. Essa troca de informações fará muito bem ao atletismo e à FPA”, concluiu Montezano.

A reunião terminou com os participantes firmando um pacto de qualidade e comprometimento com uma modalidade que representa 23% do quadro de medalhas da Olimpíada.

Compuseram a mesa dos trabalhos do Fórum: Elisângela Maria Adriano Barbosa (presidente em exercício da FPA), Mauro Roberto Chekin (presidente licenciado da FPA), Ariovaldo Reis dos Santos (diretor de Administração da FPA), Marcel Camilo (assessor Jurídico da FPA) e Arnaldo Jubelini Junior (assessor de Imprensa da FPA).

 

8 - Muita atenção ao correr pelas ruas de São Paulo

Prof. Luis Tavares

No mês de agosto lamentavelmente perdemos um corredor veterano, Alvaro Teno, vítima um motorista alcoolizado enquanto treinava.

Com aumento do número de corredores e também aumento de número de jovens de baladas, shows noturnos, bebidas, drogas, etc, está cada vez mais perigoso e arriscado correr nas vias públicas.

Corro há 30 anos e quando corria de madrugada quase não havia movimento de veículos e era tranquilo. Hoje o trânsito sempre é intenso. Além disso, há o problema de cultura e de desrespeito ao ser humano, como dirigir alcoolizado.

Já tive oportunidade de correr e treinar nas ruas de New York, Miami e Orlando e nessas cidades é diferente daqui, há respeito pelo corredor e o motorista para o veículo quando o  corredor atravessa. E não se vê notícias de atropelamento como temos por aqui.

Alguns cuidados devem ser tomados.

Corra com prudência, atenção e reflexo fazendo uma corrida defensiva.

Tome cuidado ao atravessar as ruas.

Observe buracos.

Evite lugares escuros.

Evite vias movimentadas como Marginais, Radial Leste, Marques de São Vicente, etc. Se correr nelas, vá nas calçadas.

Não corra nas faixas de ônibus.

À noite, use roupas claras que se destacam.

Se ouvir música com fones de ouvidos, deixe o volume de maneira que você possa perceber a aproximação de veículos.

Bons treinos e cuidado!

 

 

9 - Fatores que ajudam bons resultados do corredor de fundo

Prof. Carlos Ventura

Bons resultados em corrida de fundo dependem de vários fatores.

Todo corredor deve ter objetividade, disciplina, dedicação, determinação, calma, equilíbrio, franqueza, honestidade nas atitudes, forte personalidade.

A autoestima e as relações sociais e familiares são importantes para um bom desempenho.

A alimentação é fundamental.

É importante realizar um exame médico para determinar sua condição física e, a partir daí, planejar o treinamento.

O corredor deve seguir o planejamento feito pelo seu técnico e trocar informações com ele para que o treino seja realizado cientificamente e corretamente para que haja evolução, sem lesões, e assim atinja bons resultados.

 

10 - Nutrição esportiva

Rosana Guidugli – Carlos Alberto Silva

Além do treinamento, a alimentação equilibrada e diversificada proporcionará uma boa performance ao atleta.

A nutrição esportiva se baseia em alguns elementos.

Os macronutrientes são responsáveis pela energia do atleta e representam a maior parte da alimentação: carboidratos, proteínas e gorduras.

Aminoácidos formam proteínas e podem ser encontrados em alimentos como nozes e grãos integrais como quinoa e feijão.

Os micronutrientes são anti-inflamatórios, antioxidantes, estimulantes do sistema imunológico, encontrados, por exemplo, na couve, rúcula e acelga.

Os minerais são necessários para o bom funcionamento das contrações musculares, construção óssea e processamento de ATP: cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, potássio e sódio, encontrados, por exemplo, na banana e leite.

As vitaminas são classificadas em lipossolúveis – solúveis em gordura: vitaminas A, D, K – e vitaminas hidrossolúveis, solúveis em água – vitaminas C e B.

 

 

 

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Prof. Roberto Losada Pratti

Diretor do jornal Atividade Física

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Bernardo Guidugli,

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