MATÉRIAS DO MÊS DE ABRIL DE 2015 

DO JORNAL ATIVIDADE FÍSICA NÚMERO 185

 

 

1 - CORPORE

David Cytrynowicz – Presidente

Dr. Amadeu Armentano – Presidente do Conselho Deliberativo

Prezado(a) corredor(a),

Dia desses, nosso Fred - Frederico Silva Santos Neto -, batalhador, entusiasta e atuante emérito no programa Guia Voluntário Corpore, contou-me do projeto Corrida Amiga.

Com informações posteriores do próprio Fred, inteirei-me melhor a respeito.

Trata-se de uma Rede de Voluntários, surgida no início de 2014, sem fins lucrativos de qualquer espécie.

Esta Rede é composta por corredores e corredoras que atuam como agentes multiplicadores, disseminando e levando a outros cidadãos todos os benefícios da corrida como mobilidade urbana.

A ideia é ótima no seu bojo, sendo mais uma alternativa para o indiscutível e indisfarçável caos urbano.

O Corrida Amiga firmou parceria com o Instituto Mara Gabrili, o que por si só já é aval respeitabilíssimo.

Calendário de encontros/atividades para 2015:

Março - dias 28 e 29 - Campanha Calçada Cilada - apoio Guia Voluntário Corpore.

Junho - dias 05 e 06 - promoção do "Dia de Correr para o Trabalho" no Brasil.

Agosto - dia 08 - Safári Urbano com Cidade Ativa e Desenhe sua Faixa no Dia do Pedestre.

Maiores informações - e-mail: corridaamiga@gmail.com - telefone: (11) 94155-5993 – Barraca: Guia Voluntário Corpore.

Abraços

Armentano

 

2 - A corrida e a caminhada fazem parte da cultura do país

Roberto Losada Pratti – Diretor do jornal Atividade Física

A caminhada e a corrida podem ser praticadas por indivíduos de todas as idades e classes sociais, em qualquer horário, em qualquer local - em praias extensas ou em esteiras.

Caminhantes e corredores são vistos nos parques antes do gorjeio dos primeiros pássaros e são acompanhados pelas corujas à noite.

São encontrados no topo das montanhas íngremes e desertas, como também no meio do caótico trânsito das movimentadas metrópoles.

A quantidade de praticantes de caminhada e corrida, desde aquele que dá uma volta no quarteirão ao recordista, é enorme.

O número de corridas de rua e caminhadas no Brasil é incomensurável e existem até em locais inimagináveis.

Corridas e caminhadas com milhares de participantes são comuns.

A prática de caminhada e corrida se alastra pelo país dia a dia.

A corrida e a caminhada, hoje, fazem parte da vida das pessoas e da cultura do país.

 

3 - Fisiologia do exercício físico para manter os órgãos sadios

 

Dr. Ruggero Bernardo Guidugli – www.atividadefisica.net/ruggero-news

O exercício físico resulta da atividade do sistema musculoesquelético, sistema este possuidor da maior potencialidade para o gasto energético do organismo. Toda esta energia provém da contração das miofibrilas dos músculos esqueléticos, acionados pela energia liberada pela transformação das estruturas químicas dos alimentos. 

   Dentre os alimentos ingeridos - hidratos de carbono, proteínas e gorduras - a glicose, uma hexose, seja, talvez, a biomolécula mais versátil dos seres vivos.

   No reino vegetal, a glicose é sintetizada nas folhas verdes pela ação da luz solar sobre a clorofila conjugando a água e o gás carbônico do ar atmosférico (fotossíntese).

   No reino animal, a glicose, através do Ciclo de Krebs, realiza uma combinação final com o oxigênio do ar produzindo energia e liberando água e gás carbônico (respiração). Não é apenas a glicose que pode produzir energia, outros hidratos de carbono também a produzem com maior complexidade através de outros ciclos. Seu metabolismo, porém, seria a forma mais simples para produzir energia. As dificuldades do seu procedimento normal, como ocorre no diabetes, teriam repercussões negativas sobre as funções do corpo.

   Caso o dispêndio energético do organismo seja excessivo e o aporte de oxigênio não seja suficiente para metabolizar toda a glicose, a energia seria extraída de seus metabólitos - metabolismo anaeróbico - provocando acúmulo de ácido lático no organismo, responsável pelas dores que sentimos após exercícios exaustivos.

   O exercício aeróbico seria, portanto, a prática de atividade física regular não excessiva com aproveitamento integral do oxigênio pela glicose, sem produção de radicais ácidos e sem transtornos para o organismo.

   Durante o exercício físico há produção de grande quantidade de energia e a forma compensatória do organismo para manter a homeostase (constância do meio interno) seria a produção de suor (para evitar aumento da temperatura), diminuição da diurese (para manter a volemia), aumento dos batimentos cardíacos e de incursões respiratórias para permitir um ajuste adequado de oxigênio aos tecidos. Ocorreria concomitantemente uma ativação de todos os demais sistemas do organismo para contribuir com a homeostase e essa ativação é que seria a responsável para adquirir um condicionamento físico adequado. Seria exercitado, assim, o princípio biológico de que, para manter os órgãos sadios, estes devem permanecer sempre ativos.

 

4 - A prática de corridas de rua cresce em São Paulo

A prática de corridas de rua continua crescendo no Estado de São Paulo, com tal tendência sendo mantida desde 2001, quando a Federação Paulista de Atletismo passou a registrar os índices.

Em 2014, houve uma evolução de 11,75% em relação a 2013 nas corridas consideradas regulares pela FPA, ou seja, efetivadas com o devido alvará expedido pela entidade.

O número de participantes subiu 15,35% quando comparado ao ano anterior: 653.140 pessoas.

Desse montante, 429.796 foram homens e 223.344, mulheres.

O maior número de incidência de eventos foi no mês de novembro, com 55 corridas regulares.

Além das 361 provas com alvará, foram efetivadas outras 237 consideradas pela FPA como irregulares (sem alvará).

Portanto, no estado bandeirante ocorreram 598 corridas de rua.

Assim sendo, o percentual de eventos legais foi de 60,37%.

Necessidade do Alvará

A FPA representa a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), em São Paulo. E a CBAt, a IAAF (International Association of Athletics Federations).

A exigência de alvará pela entidade paulista é a mesma percebida em eventos nacionais e internacionais.

Com a necessária pré-análise de um evento pela FPA, evita-se que a corrida dos interessados se torne uma aventura, com problemas estruturais, técnicos e principalmente de saúde.

E mais: Provas sem o devido alvará não podem ter resultados homologados junto à entidade maior do atletismo de São Paulo e, muito menos, em nível nacional e mundial.

 

5 - Receitas da vida saudável no site atividade física

Ariane Losada Pratti – Redatora do jornal Atividade Física

A atividade física e a alimentação são fatores que devem “andar” juntos.

Por isso lançamos o link Receitas & Nutrição com vídeos que ensinam você a preparar pratos saudáveis em atividadefisica.net/receitas

Assista, saboreie, pratique atividade física e tenha saúde e qualidade de vida.

 

5 - Aniversário do jornal Atividade Física

Rosa Domingues Stancati

No começo da década de 1990 a atividade física e modalidades esportivas eram pouco divulgadas.

Em 1993 foi criado um boletim, protótipo do Atividade Física. Com base nele, foi lançada a coluna Atletismo em Destaque, no jornal O Patriota, jornal semanal e gratuito.

Em 5 de abril de 1998, o jornal Atividade Física foi lançado com linha jornalística dessas e outras ações, para massificar a prática da atividade física, trazendo, consequentemente, saúde e qualidade de vida para a população.

A linha jornalística permanece no jornal impresso e na versão online, www.atividadefisica.net.

Eventos grátis continuam sendo incentivados como outrora, com a criação de um link exclusivo de corridas e caminhadas grátis.

Os calendários de corridas e diversas modalidades são feitos para facilitar a busca.

Além das matérias do jornal, há outros links de informações e de participação de leitores.

O jornal impresso sempre foi gratuito e apoia eventos de incentivo à prática da atividade física.

Você, leitor, sempre foi a prioridade do jornal Atividade Física

Corrida Vinicio Stancati: década de 1990 - O jornal Atividade Física sempre apoiou eventos grátis

 

6 - Correu Maratona? Descanse e corra de novo!

Mauro Saccomani – www.atividadefisica.net/mauro-saccomani-escreve

Depois de longas semanas de treinamento e 42 km de corrida para trás em mais uma das maratonas que tanto fazemos, a tão importante recuperação deve ser seu principal foco.

Um dos maiores erros de quem corre uma maratona está em não darmos tempo suficiente de recuperação após terminarmos uma corrida pesada como a maratona - isso sem contabilizar os meses de treinamento que entraram nesse esforço. O corpo precisa de uma pausa, e o descanso de uma semana no mínimo é indicado, e muito.

Para aqueles que se dedicam 100%, uma semaninha de folga completa é quase tão agradável quanto comer sopa de pedra!!  

A maioria dos corredores tem um medo irracional e pensam que, deixando de fazer algumas corridas, irão diminuir drasticamente a sua aptidão física.

Além disso, acham que colocar o seu treinamento em pausa parece contra intuitivo, pois após uma grande corrida você quer capitalizar sobre a sua aptidão e continuar a estabelecer novos recordes pessoais.

Da mesma forma, depois de uma corrida decepcionante, a última coisa que sua mente pensa é em fazer repouso.

Infelizmente, não tendo tempo suficiente para se recuperar totalmente após uma maratona, muitas vezes o atleta chega ao overtraining e, consequentemente, sofre lesões.

Descansar por sete a oito dias tem quase nenhum efeito negativo sobre a sua forma física, e os ganhos e melhorias a longo prazo superam qualquer redução temporária de condicionamento.

Descansando ativamente.

Descanse ativamente com exercícios de menor impacto, como natação, ciclismo ou ioga, dando ao seu corpo e mente uma semana inteira sem correr, e isso irá ajudá-lo a ter uma recuperação mais eficiente. Correr muito depois da maratona é o caminho mais rápido para uma lesão.

Recarregando as baterias musculares.

Recuperar os seus músculos exaustos o mais breve possível com alimentos que incluem hidratos de carbono e proteínas é muito importante na sua recuperação, pois estes ajudam a reparar e regenerar as fibras musculares.

O alimento é absorvido de forma mais eficiente de 30 a 60 minutos após a corrida. Um sanduíche, uma fruta ou uma bebida desportiva são boas escolhas. As bebidas de recuperação são feitas com tudo o que seu corpo precisa, hidratos de carbono, proteínas, eletrólitos e líquidos.

Consuma bastante líquido, muito líquido.

Recuperar a hidratação é fundamental no processo de recuperação, é preciso uma boa combinação de água e bebidas desportivas para repor líquidos e eletrólitos. Consuma líquidos durante o dia, verifique a sua urina para observar um nível adequado de hidratação. Se sua urina é amarela pálida como limonada, está devidamente hidratado, se a cor for escura (como a cor do sumo de maçã), continue a hidratação.

Se você conseguir tolerar, tome um banho de gelo depois de algumas horas da maratona ou até mesmo no dia seguinte, isso vai ajudar a acelerar a sua recuperação. Se você não pode tomar um banho de gelo, uso de compressas (sacos) de gelo nos quadris, joelhos, pernas e tornozelos.

No mais, acho que é isso. Vamos nos divertir, mas com cuidado e cautela, não esqueça, você não vai comer sopa de pedra!

 

7 - Corrida em Taboão

Neuri Dantas – Presidente da Associação Cultural e Esportiva Atletas do Bem

Vem aí a 2ª edição da Volta ao Cristo de Taboão da Serra, no dia 14/06/2015.

Em 2014 a prova foi um sucesso e este ano haverá novidade na premiação.

Premiaremos os 3 primeiros colocados das faixas etárias, além de um bônus especial de R$ 500,00 (quinhentos reais ) para a maior equipe, algo inédito em provas no Brasil até o momento.

Vagas limitadas, garanta a sua, acesse www.atletasdobem.com.br

8 - Vício da corrida: endorfinas e encefalinas

Prof. Carlos Ventura  

O treinamento em excesso pode se tornar um vício e fazer com que o corredor entre em estado de ansiedade, de euforia.

Chamamos este estado de "barato da corrida", que é criado pelas endorfinas e encefalinas produzidas pelo organismo. Atuam como neurotransmissores e analgésicos, reduzindo estados dolorosos, criando momentos de bem-estar e de euforia junto ao SNC (sistema nervoso central).

O técnico deve ficar atento ao comportamento dos seus atletas.

Sinais de exagero nos treinos são perceptíveis pela postura física, aparência, maneira de se comunicar, agressividade e variações repentinas de humor, que acabam por levar o indivíduo ao estresse, aproximando-o do over training.

O ideal é manter o equilíbrio em tudo, buscando reforçar a autoestima, a saúde e a qualidade de vida. Uma frase de São Francisco de Assis cabe muito bem aqui: "in medium virtus" - a virtude está no meio, no equilíbrio.

Boas corridas equilibradas a todos.

 

9 - Como treinar no limiar anaeróbico e melhorar o tempo

 

 

Prof. Luis Eduardo Tavares

Muitos atletas fazem exames ergoespirométricos (exame feito em esteira ergométrica para detecção do seu VO2 máximo e limiar anaeróbico) e não sabem o que significa e para que serve.

VO2 máx é o volume máximo de oxigênio que o sistema cardiovascular consegue transportar para os músculos.  Em geral, a resistência é maior quanto maior o seu VO2 máx.

Limiar anaeróbico é a intensidade do exercício em que se inicia a liberação de ácido lático e não tem relação direta com o VO2 máx. Uma pessoa não acostumada a se exercitar pode começar a produzir ácido lático mesmo em atividade que requer apenas 30% a 40% do seu VO2 máx. Os atletas bem condicionados conseguem estar livres de ácido lático trabalhando em 80% ou mais.

O limiar anaeróbico é um referencial importante para o treinamento.

Para melhorar é importante trabalhar acima do limiar anaeróbico em treinamentos intervalados, fartlek e percursos curtos, mas haverá ácido lático.

Atletas que estão acostumados a correr todos os dias, mas abai

xo do seu limiar, ficará com uma boa resistência, porém sem velocidade e qualidade, impossibilitando abaixar seus tempos nas corridas, por isso é importante o trabalho de velocidade.

Geralmente o limiar anaeróbico de um atleta de nível médio de condicionamento está em torno de 60% a 73% de VO2 máx, o que equivale de 70% a 80% da sua frequência cardíaca máxima.  Assim, para melhorar o tempo, é preciso trabalhos intervalados, percurso curto ou fartlek de 80% da frequência cardíaca máxima.

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