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MATÉRIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DE 2013 DO JORNAL ATIVIDADE FÍSICA, NÚMERO 173

 

Futebol: a matemática das séries A e B

 
Roberto Losada- Professor, personal trainer e jornalista
 
 

No Campeonato Brasileiro de Futebol os clubes querem estar na série A, mas sempre há turbulências e troca de treinadores em quase todos. Há times na série B, e até série C, com maior público do que na série A e muito mais tranquilos. Mesmo assim, a “tragédia” é ser rebaixado da série A para a série B.

Dos 20 participantes da série A, caem 4, que parece um número pequeno, mas representa 20%. Sabendo que há times grandes em vários estados, sempre haverá esses clubes na zona “Z4” de rebaixamento ou perto dela. Por isso, times tradicionais já caíram, inclusive campeões do Campeonato Brasileiro, Libertadores e Mundial de Clubes, e outros cairão.

Qual a diferença das séries A e B?
Peguemos um exemplo hipotético. Os 4 clubes na Z4 da série A em 2013 são série B, pois estarão na série B em 2014. Os 4 times que subiram e ena A são série B, pois eram série B em 2012. Supondo que os que caem em 2013 não eram os que subiram, são 8 os times da série A que eram ou serão da série B.
Portanto, 40% da série A, quase metade, são série B.
Analogamente para a série B, 4 times da série B do G4 (grupo de acesso) são série A, pois estarão na série A. 4 times que caíram da série A e estão na B são série A, pois estavam na A no ano anterior. Assim, 8 times da série B eram ou serão série A.
Portanto, 40% da série B, quase metade, são série A., logo, a mudança de séries de grandes times é natural, por corresponder a uma alta probabilidade.

 

 
 

 

Ariane Pratti - Redatora do jornal Atividade Física

Roberto Losada Pratti- Personal trainer e diretor do jornal Atividade Física

 

Desde agosto, o jornal recebe fotos e vídeos de atletas mirins, votados no site. As fotos vencedoras são destaque da capa do Facebook e página inicial do site do jornal. A enquete e fotos constam no site do jornal, www.atividadefisica.net, no link do menu “ Pequenos Grandes Atletas”.

Neste último mês, por coincidência, participaram da mesma enquete atletas mirins de uma modalidade inédita até então; judô. Abaixo, as fotos votadas no site em novembro.

A seção de fotos dos “Pequenos Grandes Atletas” retornará em março. Enquanto isso, você pode ver no site, o vídeo e mais fotos recebidas, com seus respectivos detalhes. Você pode também aproveitar esse intervalo pra tirar e selecionar suas fotos e gravar seus vídeos.

Boas festas e um excelente ano novo!

 

CORPORE

 

Dr. David Cytrynowicz -Presidente da CORPORE

Dr. Amadeu Armentano - Presidente do Conselho Deliberativo da CORPORE

Prezado(a) corredor(a),

Prezado(a) corredor(a),

Outro final de ano, mais uma temporada que, como todas, com suas particularidades, seus acontecimentos bons e não tão bons e ... "la nave va", como sempre pontifica nosso David.

Este ano já ao final, o desfecho esperado, mas não querido, deu-se com nosso ídolo de sempre, o protagonista do ideal impossível em nossas primeiras corridas e de toda uma vida no esporte, se foi antes do combinado, é bem verdade, mas se foi.

Edson Bergara, também conhecido como "Sagaz”, "Audaz", detentor de mais de 2.000 troféus, amealhados em uma carreira de três décadas.

A Corpore tem a felicidade de, ao longo de sua trajetória, homenagear pessoas em vida, e com o Bergara não foi diferente, o que aconteceu a 22/07/2007, nos 25 km, comemorativos dos 25 anos de nossa instituição.

Triste a separação, sem dúvida triste, mas, por paradoxal que possa parecer, a alegria de termos tido este exemplo raro de atleta e pessoa, por tantas décadas.

Nesta dualidade, fico com a segunda perna, a da alegria, mas com uma pontinha de saudade.

No mais, gratos a todos, atletas, patrocinadores, parceiros, imprensa, simpatizantes, autoridades e nossa equipe, direta e indireta, pelo apoio e dedicação.

Continuamos correndo atrás de nossas imperfeições, sempre procurando suplantá-las.

Excelentes Festas e um 2014 corrido, suado, festejado.

Abraços,

Armentano.

 

Atividade Física Já!

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Não seja “escravo” das planilhas de treinamento

Rosana Gidugli Varga - Carlos Alberto da Silva  ultramaratonistas

Para você, um ciclo de treinamento, ou seja, um trabalho mais longo,pode ser algo penoso cansativo, mas com uma mudança de pensamento e vontade de ajustar sua programação, ele pode ser implementado de forma eficaz.

Muitos corredores e treinadores são vítimas de conveniência do calendário ao planejar um programa de treinamento. Por exemplo, uma combinação de treino longo no domingo, na noite de terça pista de treino , quinta-feira de manhã treino de tiros e no sábado uma sessão de morros é o treino rotineiro para muitos, com pouco espaço para a flexibilidade ou substituição. Há uma sequência obrigatória de exercícios que devemos encaixar em cada sete dias ou corremos o risco de comprometer os ganhos de performance , certo?

R= Não exatamente .

Embora seja verdade que o ciclo de treinamento é um  componente importante para a obtenção de resultados, a crença de que a cada semana tem um número certo de sessões específicas que devemos marcar no calendário em um determinado dia ou naquela semana é um completo desperdício - é uma farsa total?

Um sistema de formação padrão, ao nível mais fundamental, pode ser causador de estresse (rest-repeat), ciclo repetitivo (descansa-repete; descansa-repete) no que diz respeito às corridas e exercícios de programação estática é o possível fator causador de estresse. O problema com esta definição é que muitos corredores e treinadores tomam muito literalmente as planilhas de treino exigindo resultados e mais resultados, inflexíveis.

É preciso entender que a fisiologia humana ensina que; não existe apenas fadiga muscular mas, também existe a fadiga do sistema nervoso central (SNC), ou seja, a teoria ou o ensinamento que o Jornal Atividade Física preconiza, é a corrida saudável; a corrida flexível; a corrida não competitiva; a corrida que respeita o limite individual de cada corredor; a corrida em busca do bem estar físico e mental e não em busca de performance ou resultados.Sem esquecer o devido descanso.

 Não seja escravo das planilhas de treinamento que “roubam” o prazer da prática saudável de atividade física.

Esperamos que os conselhos tenham sido proveitosos

 

Boa corrida!Saúde! Sucesso!

 

 

 

Compressão de morbidade

                                                                            

Dr. Ruggero Gidugli

  Todo ser vivo, incluindo os humanos, ao ser concebido possui seu maior potencial biológico, e esse potencial vai decrescendo lentamente ao longo da vida, até ocorrer uma total inviabilidade.

Este ponto é muito variável e depende essencialmente das influências do meio ambiente, ou seja, fenótipo.

O homem, portanto, ao longo do envelhecimento não deveria ficar doente, mas ter apenas uma perda progressiva de função de seus órgãos.

As doenças advêm das agressões do meio ambiente – física, química, mecânica e social.

Se não há agressão, não há patologia (do grego patos = doença, sofrimento). O que ocorre no envelhecimento quando não há agressão é apenas perda da potencialidade vital das células.

Quando há grande disfunção e as agressões se tornam inevitáveis, ocorre a morbidade (do latim morbis = doença).

A compressão da morbidade – isto é, seu retardo – só pode ser conseguida através de um estilo de vida saudável.

Fatores agressivos como tabaco, vida sedentária, alimentação copiosa e com muita gordura, situações de estresse, impactos ambientais negativos e situações psicossociais degradantes seriam os principais causadores das doenças.

A epidemia de doenças crônicas não transmissíveis do mundo moderno levou a Comunidade Científica a pesquisar bem estes fatores de risco.

A conclusão é unânime. O sedentarismo, o tabagismo e a alimentação não saudável seriam os principais causadores das doenças, levando à má qualidade de vida na terceira idade.

E é um período que se torna mais necessário praticar atividade física, alimentação rica em frutas e verduras e abandono de hábitos não saudáveis, como o tabagismo que é considerado o maior causador de doenças evitáveis de toda a história da humanidade.

Tenha uma boa qualidade de vida. Comprima ao máximo a morbidade. Tenha um estilo de vida saudável praticando atividade física e evitando produtos de propaganda enganosa.

 

 

Cresce percentual de corridas de rua com alvará da Federação Paulista de Atletismo

No período compreendido entre novembro de 2012 e novembro de 2013, a Federação Paulista de Atletismo (FPA), através de seu Departamento de Corridas de Rua, obteve um grande êxito em suas estatísticas: o aumento de 11% no número de provas do gênero realizadas com o devido alvará expedido pela entidade.

Foram exatas 345 provas efetivadas no Estado de São Paulo com a devida chancela da FPA, envolvendo 511.698 participações, das quais, 341.516 no masculino e 170.182 no feminino.

É algo a se comemorar, pois a FPA é, em terras paulistas, a lídima representante da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) e da IAAF (International Association of Athletics Federations).

Isso significa que o atleta de corridas de rua, quando sabe que determinado evento tem o reconhecimento da FPA, não está fazendo de sua prática esportiva uma aventura. Afinal, a entidade trabalha com conceitos mundialmente recomendados, assegurando qualidade técnica e, principalmente, segurança.

2013 vai chegando ao fim. Em janeiro, pretendemos tornar público um balanço minucioso da prova de atletismo que mais cresce no Brasil. Não só do atletismo, aliás. Em número de aficionados, supera de longe o interesse da população por outras modalidades esportivas.

Um dado importante, todavia, já pode ser noticiado.

O número de eventos efetivados no Interior superou as expectativas.

Assim sendo, podemos afirmar que as corridas de ruas permanecem em crescimento, sim. E de forma homogênea, ou seja, catalisando o interesse da população bandeirante em todas as regiões do Estado.

Cremos que a evolução percentual verificada na questão da retirada dos alvarás foi incrementada quando a FPA decidiu publicar, em seu site, uma tabela dimensionando o preço da indispensável chancela para uso dos promotores.

Essa tabela, basicamente, combina o número de participantes de determinada prova com o preço de inscrição.

Num cálculo simples, os organizadores ficam sabendo, de forma rápida e transparente, o valor do alvará para seu evento.

Nós, da FPA, que nesse novembro completamos um ano à frente da entidade, buscamos fortalecer a filosofia de gestão de parcerias junto à iniciativa privada.

Queremos, com o passar do tempo, diminuir a dependência financeira da Federação junto aos poderes públicos.

Nesse sentido, as corridas de rua, em nossos planos, assumem status prioritário.

Queremos profissionalizar o segmento cada vez mais. E conseguiremos envidando esforços para federar o maior número de atletas da prova possível.

Os federados pagarão uma taxa anual de R$ 65,00 tendo direito a benefícios já existentes como acesso a fisioterapia (no Complexo Esportivo do Ibirapuera) e desconto expressivo em assistência odontológica (mediante convênio com a Sorridents). Outras ações estão sendo analisadas para tornar o processo federativo dos corredores ainda mais atraente.

A meta é ambiciosa. Esperamos contar, ao final de 2014, com dezenas de milhares de atletas cadastrados em nossos registros e, com isso, obter divisas para o fortalecimento ainda maior da modalidade em São Paulo.

Concluímos desejando a todos nossos votos de feliz Natal e próspero ano novo, com muito atletismo.

Saudações esportivas,

Mauro Roberto Chekin

Presidente da FPA

 

Identificando um fundista

Carlos Ventura - Técnico de Atletismo

Identificar um corredor de fundo é muito fácil, entretanto, identificar um futuro campeão é uma tarefa muito difícil.

Para concluirmos que estamos diante de um futuro bom atleta, um provável campeão, devemos analisar vários fatores, como faixa etária, biótipo, e mesmo assim podemos nos enganar.

O biótipo é importante, mas nem sempre, pois o comportamento do corredor também faz parte desta análise.

Cada ser humano tem características singulares, ímpares, por isso, a partir do primeiro contato, devemos verificar principalmente sua linha de comportamento.

Esta opinião é valida para mim exclusivamente, pois posso estar equivocado e isto não ter valor algum para outros treinadores.

Cada pessoa é um universo que deve ser respeitado.

A diversidade física do brasileiro é bastante interessante e muito grande. No norte do Brasil temos algumas características, no sul encontramos indivíduos com outras características, todos com valores muito importantes.

O técnico é um garimpeiro procurando uma pepita.

Nós, treinadores, devemos primeiramente achar a pedra para depois classificá-la conforme seus valores.

 

Descanso para progredir

Prof. Luis Tavares

Chega o final do ano e encontro atletas com o corpo cansado e debilitado pelo excesso de competições. Um corpo que está pedindo descanso para se recuperar, porém o que mais escuto é atleta dizendo: “Qual a próxima prova depois da São Silvestre que irei participar”? Outros programam um calendário com mais de 47 provas a realizar.

É assustador. E o descanso? Alguém já parou para pensar?

Temos um corpo apenas e precisamos cuidar dele para que possamos correr a vida toda.

É comum encontrar atletas no limite da exaustão e/ou machucados nesse final de ano, tudo isso por falta de descanso.

É errôneo afirmar que o atleta descansando de 15 a 30 dias perderá todo seu condicionamento físico, pelo contrário, além de descansar o organismo também descansará a mente. 

Um atleta bem treinado e condicionado, ao entrar de férias, ficará em plena forma aproximadamente em 45 dias. Digamos que venha a descansar o mês de janeiro, estará apto a competir em boas condições por volta do dia 20 de março.  Se não descansar o mês de janeiro, com certeza estará desgastado no mês de março e próximo de uma lesão, isso se já não estiver lesionado.

Você, atleta, já fez essa reflexão sobre o tempo de descanso? Você sempre respeita aquilo que está na planilha? Ou você se inscreve em todas as competições porque a camiseta ou a medalha é bonita?

Por isso, o ideal para competir bem e principalmente ter boa qualidade de vida, diminuindo a possibilidade de se machucar, requer alguns cuidados:

- Descanse nas férias (como a baixa temporada de provas é em janeiro, aconselho descansar nesse período de 15 a 30 dias).

- Planeje as provas principais e secundárias (o ideal é escolher de 8 a 10 provas para tempo e 12 provas menos importantes para ritmo).

- Os maratonistas devem correr no máximo duas maratonas no ano (em um espaço de pelo menos 4 a 6 meses entre elas).

- Qualquer sinal de dor ou lesão, pare imediatamente.

Com essas dicas básicas você terá uma vida atlética maior e não se machucará.